28 de jun. de 2012

Entrevista de Maite Perroni a revista Glamour


Viva la Vida!

Há mais de 10 anos, Maite Perroni formou parte de um fenômeno único que garantiu que sua cara fosse reconhecida pelo mundo todo. Mas no fundo, quem é Maite? Maite sem rebelde, Maite sem revistas de fofocas, Maite sem as novelas, é uma mulher e artista que segue definindo-se enquanto festeja o estar profundamente apaixonada pela vida.

Se você digitar no Google o nome “Maite Perroni”, em 16 segundos a sua busca marcará cerca de 1,540,000 resultados; se você colocá-la na frente de uma multidão, seus fãs enlouquecerão. Mas se observar cuidadosamente esta pessoa sobre quem se escreve tanto e que as pessoas seguem com uma devoção e entrega interminável, descobrirá que Maite é muito mais do que a fama que a rodeia. Com uma novela no ar e seu primeiro filme a caminho, Perroni se sente mais cômoda do que nunca dentro de sua própria pele e está pronta para demonstrar que seu caminho está apenas começando.

Glamour: Você sempre soube que queria se dedicar à atuação?

Maite: Que nada. Eu queria estudar Marketing e Publicidade, e trabalhar em produções, comerciais e revistas.

Glamour: Quando decidiu que isso era sua vocação?

M: Tinha 19 anos e acompanhei uma amiga a um teste para o Zapping Zone (da Disney). Entrei com ela, fiz a audição e me agradou. Era algo que eu gostava, já tinha participado de aulas de teatro e dança, mas nunca pensei que poderia ser minha profissão.

G: Como a música entrou nisso?

M: Por surpresa. Já estava estudando no Centro de Estudos de Atuação, fiz um teste para Rebelde e passei. Sempre soube que a trama envolvia um grupo. Foi circunstancial, mas foi o correto.

G: O que você sente ao pensar em Rebelde?

M: Muita paixão e energia, foi uma etapa incrível que aproveitei muito. Acredito que não estávamos conscientes do que estava acontecendo, mas ao mesmo tempo o vivemos, aproveitamos, choramos e rimos. Eram emoções que não podia controlar e nem definir, mas sentia-se e sentimos muito!

G: Quantos anos você tinha?

M: Foi dos 21 aos 25. Tudo aconteceu no momento exato e na idade ideal, porque já tinha amadurecimento para não deixar-me levar por tudo, mas ainda sim aproveitava. Tua única responsabilidade é fazer teu trabalho, que é um jogo que você ama e se diverte.

G: Você acredita que sempre vai ser a Maite de Rebelde? Ou deixa isso para trás?

M: A princípio, não ofendendo-me nunca com esta ideia, não me agride nem me irrita. É parte da minha história, do meu processo, e por isso eu a guardo e relembro com muito prazer. Quando acabou, os seis tivemos que formar nosso próprio caminho. Acredito que fui conquistando coisas e caminhando como Maite Perroni.

G: Falando de conquistas, você acaba de gravar seu primeiro filme, certo?

M: Sim, El Arribo de Conrado Sierra (A Chegada do Conrado Sierra) – que estreia em novembro – é uma história de época, de 1945, sobre cinco irmãs que visam ser perfeitas e corretas diante a sociedade, mas cada uma tem sua história secreta sobre o porque de não estar casadas.  É uma trama muita bonita, que fala sobre temas como amor, a homossexualidade, a religião, a castidade e o racismo com muita cumplicidade.

G: Conte-me sobre sua atual novela, Cachito de Cielo…

M: É uma novela cômica que conta uma história de amor de maneira diferente ao que estamos acostumados. Trata de um homem, Cachito, que está apaixonado… mas falece. E quando chega ao céu, o sindicato percebe que foi um erro e tem que voltar a terra em outro corpo, mas não podem deletar o erro. Quando o mandam de volta, é um padre! Então não pode se aproximar da mulher que ama.

G: Se você morresse e reencarnasse em alguém, em quem seria?

M: Em Monica Bellucci! (Risos) Não, não tenho alguém específico. Acredito que tudo passa por algo, acredito na reencarnação e acredito que o que vier para mim será o correto.

G: O que você voltaria a fazer?

M: A viver, seguir seu caminho e valorizá-lo.

G: Cachito fala de voltar em outro corpo, você gostaria de mudar algo?

M: Claro que tem muitas coisas que não me agradam, mas isso mesmo me fez aprender e me aceitar como sou, e entender que não podemos pretender copiar os esteriótipos estabelecidos. Entendi que  como somos, somos perfeitos. E de acordo com isso, tem que tirar o maior proveito para nos ver divinas e nos sentir seguras de nós mesmas.

G: Você vive no olho do público e exposta a rumores. Como você maneja a pressão?

M: É impossível não escutar e sentir, porque no final das contras é você de que falam, qualquer julgamento ou comentário a respeito é sobre a sua pessoa, porque você se mostra em uma cena, em uma música, em fotos. Tem que deixar de lado, não dar importância e não ligar, porque sinceramente, é irrelevante.

G: Chega um momento em que parece que te conhecem melhor do que você mesma…

M: Muitas vezes, o que escrevem e falam não é nem 20% da história real. Constroem esses personagens e ideias sobre alguém.

G: Vamos fazer algo, para corrigir todas essas pessoas que acreditam que te conhecem tão bem, me diga, não sabem que…

Um talento oculto: Imito muitas vozes.

Um medo: Lugares fechados e ratos.

Um prazer “proibido”: Tudo o que engorda.

Um desejo: Rice Krispies com caramelo.

Um defeito: Sou desordenada em meu quarto, deixo a roupa jogada, tem mil maletas…

Cinco coisas em sua mala: Secador, necessaire, caderno e caneta, sapatos e mais sapatos.

G: Você tem uma relação com uma pessoa que está no mesmo meio, o que fazem para manter saudável a relação?

M: Respeitamos muito o espaço de cada um e não damos importância aos comentários que surgem. Dividimos nossa vida pessoal e temos um apoio mútuo, é o inteligente.

G: Nos divertimos muito nessa sessão. O que estamos festejando?

M: Que faço o que me agrada, que sou feliz, que recebi a fortuna de me realizar profissionalmente no que quero, que tenho uma família, amigas e amor. Tudo está em seu espaço, as peças em ordem e fluindo muito bem.

G: Qual desejo você fez na última vez que soprou as velinhas?

M: Não sou de pedir desejos, prefiro escrever e decretar as coisas.

G: Do que você sente falta de quando era criança?

M: Da capacidade de acreditar em tudo.

G: E no que você não mudou?

M: Quando quero algo, quero a 100%.

G: Como você se ver em 5 anos?

M: Gostaria de fazer mais cinema, me preparar para produzir e dirigir. Mas em 5 anos posso estar aqui ou ir a outro lado… o que realmente tenho muito claro é que quero estar feliz e ser congruente.

G: Por último, me diga o que é o glamour?

M: Encontrar sua identidade, sentir bem consigo mesma e estar sempre radiante.

Tradução e Adaptação: Maite MVP

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